quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

NADA!


Você some, se vai e, com o tempo, fica a sensação de nada. Depois, você aparece, reaparece e traz uma presença confortável. Não parece ser o ópio que fora na época da insanidade, é muito menos que isso, é uma brisa agradável. Bebo levemente a sua companhia, parece ser eterna cada fração de segundos. Me seguro para não entregar, não por orgulho, mas por amor próprio. Sou incontestavelmente egoísta. Busco a minha felicidade, o meu amanhã sem dores musculares na consciência. Incoerentes, tão contraditórios são os sentimentos que exalam quando o seu perfume está no ar. O amor esquecidinho tenta gritar, contudo, as paredes construídas pelo tempo de redenção já são muito sólidas. Grandes, gigantescas perto do seu interesse bobo de menino. Que fique a querer. Estou prevenida, imunizada de cada toque seu. Estou feliz, pela primeira vez, graças a mim. Valorizando o meu trabalho maravilhoso, mesmo sabendo que o corpo suplicava calor, o deixei partir. Com suas desilusões aprendi que de nada vale uma noite de alegria, se essa será seguida de trinta dias de tristeza. 

Sabrina Teles. 

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