sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

'Mulher não desiste, si cansa...



 "...A gente tem essa coisa de ir até o fim, esgotar todas as possibilidades, pagar pra ver. A gente paga mesmo. Paga caro, com juros e até parcelado. Mas não tem preço sair de cabeça erguida, sem culpa, sem ‘E se’ ! A gente completa o percurso e ás vezes fica até andando em círculos, mas quando a gente muda de caminho, meu amigo, é fim de jogo pra você. Enquanto a gente enche o saco com ciúmes e saudade, para de reclamar e agradece a Deus! Porque no dia que a gente aceitar tranquilamente te dividir com o mundo, a gente não ficou mais compreensiva, a gente parou de se importar, já era. Quem ama, cuida! E a gente cuida até demais, mas dar sem receber é caridade, não carinho! E estamos numa relação, não numa sessão espírita. A gente entende e respeita seu jeito, desde que você supra pelo menos o mínimo das nossas necessidades, principalmente emocionais, porque carne tem em qualquer esquina. Vocês nem sempre sabem, mas além de peito e bunda, a gente tem sentimentos, quase sempre a flor da pele. Somos damas, somos dramas, acostumem-se. Mulher não é boneca inflável, só tem quem pode! Levar muitos corpos pra cama é fácil, quero ver aguentar o tranco de conquistar corpo e alma, até o final."

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

“Eu preciso aprender a ser menos...


...

Menos dramática. Menos intensa. Menos exagerada. Alguém já desejou isso na vida: ser menos? Pois é. Estranho. Mas eu preciso. Nesse minuto, nesse segundo, por favor, me bloqueie o coração, me cale o pensamento, me dê uma droga forte para tranqüilizar a alma. Porque eu preciso. E preciso muito. Eu preciso diminuir o ritmo, abaixar o volume, andar na velocidade permitida, não atropelar quem chega, não tropeçar em mim mesma. Eu preciso respirar. Me aperte o pause, me deixe em stand by, eu não dou conta do meu coração que quer muito.”
(Fernanda Mello)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Insegurança

É só insegurança, meu bem. Talvez meu nome do meio devesse ser exatamente este: “insegurança”. Com sonoridade de voz carente e cansada de implorar por amores aos quatro cantos. Com voz baixinha, quase um sussurro ou, para quem melhor me entender, uma súplica. É só vontade de te ouvir dizendo que sem mim as coisas podem dar errado, o travesseiro pode voltar a cheirar vodka, os maços de cigarro podem dominar sua casa, e as músicas mais belas – e tristes - de Cazuza podem dominar sua vida. É só uma necessidade boba que eu tenho de saber que você se importa. Porque, por mais que eu não goste de demonstrar, tudo que eu faço é pensando em você. E é esse o problema. Eu quero pequenas coisas, mas quero muitas. Quero muitas pequenas coisas, e talvez você não esteja disposto a me dar em tal quantidade. Eu quero que você mostre que se importa comigo, mas quero do meu jeito. Tenho esse defeito: quero tudo do meu jeito, sempre. E eu já tentei me reeducar, mas não consigo. Já tentei acreditar que você demonstra amor, só que do seu jeito. Mas pra mim não basta, tem que demonstrar do meu jeito para que eu acredite. Tem que me ligar de madrugada, tem que insistir, correr atrás, sussurrar besteiras, trocar mensagem o dia todo. Tem que apontar pra mim, no meio da roda em que seus amigos estiverem, e dizer: “É dela que eu tanto falo para vocês”. Se formos ver bem, não quero muita coisa. Tente acreditar, o que você me dá já basta pra eu te amar, mas eu queria só mais um pouquinho de atenção, demonstração, provas, não sei. Porque, pode parecer bobagem, mas eu tenho medo de que outra te encante e que você faça por ela tudo aquilo que não fez por mim. E eu tenho mais medo ainda de que você se canse desse meu jeito insuportavelmente complicado e decida procurar alguém de mais fácil convivência. Mas, estou tentando me adaptar à você, eu juro. Estou tentando fazer com que meu coração se acalme e não exija tanto de mim e de você

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Pinto e Bordo


"Nunca falei sobre você a ninguém. Nem vou falar. Não falaria de você nem a você mesmo. Não suportamos aquilo ou aqueles que poderiam nos tornar mais felizes e menos sós. Ninguém enche o saco de ninguém, você me deixa em paz, eu te deixo em paz – certo? Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina. Eu disse que sim, claro que sim, muitas vezes que sim. Gosto de pessoas doces, gosto de situações claras; e por tudo isso, ando cada vez mais só. O que vai sendo vivido e sentido por cada um é tão particular que, mesmo incomum ou já cantado em prosa e verso, é para sempre também único. Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo,e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Enfrento, e reconstituo os pedaços, a gente enfeita o cotidiano - tudo se ajeita. E a vida acontecendo em volta, escrota e nua. O pó se acumula todos os dias sobre as emoções. Só que as más vibrações desta cidade, God! Nem todo o sal grosso, nem toda a arruda do mundo dariam jeito. Hoje estou com uma moleza por dentro, uma coisa que não sei bem explicar como é, parece um imenso tapete de algodão embranquecendo tudo. Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas e suspiros. Coisas belas, coisas feias: o bom é que passam, passam, passam. Deixa passar. Tenho aprendido coisas que ainda estão vagas dentro de mim, mal comecei a elaborá-las. São coisas mais adultas, acho. Tem sido bom. Acontece que, com ou sem cama, gosto profundamente de você. Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo. Dentro dela tem um coração bobo. Tem dias que eu visto minha fantasia de otária. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Pinto e bordo."
CFA.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A Pedra



O distraído nela tropeçou... O bruto a usou como projétil. O empreendedor, usando-a, construiu. O camponês, cansado da lida, dela fez assento. Para meninos, foi brinquedo. Drummond a poetizou. Já, Davi, matou Golias, e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura... E em todos esses casos, a diferença não esteve na pedra, mas no homem! Não existe "pedra" no seu caminho que você não possa aproveitá-la para o seu próprio crescimento. Independente do tamanho das pedras, no decorrer de sua vida. não existirá uma, que você não possa aproveitá-la para seu crescimento espiritual. Quando a sua pedra atual, tenho certeza que Deus irá te dar sabedoria, para mais tarde você olhar para ela, e ter orgulho da maravilhosa experiência que causou em sua vida, no seu crescimento espiritual.