Tô com o estômago embrulhado até
agora. E com um nó chato na garganta. Engoli tantas coisas que fui com a
certeza de te dizer. Queria falar sobre nós, sobre como eu preciso me sentir
valorizada e como você não supre essa necessidade. Queria falar que te amo, que
não vou suportar te perder e que aquele silêncio tava me esmagando. Mal
conseguia respirar, falar era esforço demais. Passei o tempo todo na
defensiva. Só fiquei te abraçando apertado e sentindo seu cheiro, pra ficar na
memória sabe, eternizar. Amo seu cheiro. Queria ouvir você pedindo pra eu
ficar, que me escolhe, me ama, que me assume pro mundo. Sempre quis tão pouco e
recebi menos ainda. Você ainda não tava acreditando, mas em mim tava doendo
tanto aquele momento, porque eu sabia que era o fim, eu já tinha decidido.
Assim eu não quero, brincar de amor já me cansou. ‘Idiota’, era só isso que eu
conseguia pronunciar. Mil vezes idiota, não acredito que você tá me perdendo
assim. “Olha pra mim, você tá chorando ?”, ah meu bem, você não imagina o
quanto isso tem sido normal pra mim, chorar por você. Não te olhei, te bati, te
odiei. “Eu não mereço isso, eu não preciso disso”, acho que minhas palavras
foram poucas, porém bem escolhidas. Fui embora e levei comigo a promessa de que
seríamos amigos sempre. Deixei um pedaço de mim contigo também, um pedaço
lindo. Tô recolhendo meu pino do tabuleiro, já fui a falência nesse jogo faz
tempo. Só volto se for pra jogar Nós, Eu e Você já deu.
Marcella Fernanda
Marcella Fernanda
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