Acabou!
Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor
interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que
doerá muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando
uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira,
uma fotografia –qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e
sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada
seja áspero como um tempo perdido.Eu prefiro viver a ilusão do quase, quando
estou "quase" certa que desistindo naquele momento vou levar comigo
uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho certeza que insistir
naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo ou alguém pode não terminar
da melhor maneira, que pode não ser do jeito que eu queria que fosse, eu jogo
tudo pro alto, sem arrependimentos futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de
poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura,
medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!
(CFA)
Nenhum comentário:
Postar um comentário